ANGOLA - CULTURA DA PAZ: Comissão Multissetorial prepara Bienal de Luanda marcada para Novembro

Sob o lema "Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente", Angola está a preparar a III edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz e Não Violência, definitivamente marcado para os dias 22, 23 e 24 de Novembro deste ano.

Neste âmbito, teve lugar esta quinta-feira, 29 de Junho, em Luanda, a primeira reunião da Comissão Multissetorial, responsável pelo evento, com o objectivo de aprimorar as condições para a realização do fórum, também conhecido por Bienal de Luanda.

O encontro foi orientado pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, coordenadora da comissão.

No final da reunião, o consultor da Bienal de Luanda, Adriano Mixinge, destacou a importância desta plataforma como um centro de informações entre os países do sul, com o propósito de apresentar um novo paradigma em que os africanos se tornem protagonistas da sua própria história.

“É preciso trocar a narrativa de que nós somos receptores passivos de desígnios de outros. O continente deve, em certa medida, estruturar a sua própria narrativa, contar a sua própria história, e a Bienal de Luanda é uma plataforma fundamental para este propósito”, afirmou. 

Adriano Mixinge ressaltou, como uma das grandes novidades do certame, o diálogo aberto entre os jovens e antigos Presidentes africanos, bem como com líderes das comunidades económicas regionais.

À semelhança das edições de 2019 e 2021, a organização espera que o III fórum seja um sucesso do ponto de vista político e diplomático. Angola deverá realizar igualmente mais duas edições até 2027, no quadro de um acordo com a União Africana e a UNESCO.

O consultor ressaltou a participação, nas edições anteriores da Bienal de Luanda, de cinco Chefes de Estado e de Governo, dois Vice-Presidentes, 120 jovens líderes do continente, além de 20 personalidades internacionais e 180 palestrantes de 60 países.

O fórum reúne também organizações internacionais, instituições financeiras, sector privado, sociedade civil, comunidade científica, estudantes universitários, artistas e desportistas, entre outras personalidades.

Estima-se a participação de, pelo menos, 500 convidados na próxima Bienal de Luanda, incluindo Chefes de Estado e de Governo.

Para os painéis, são destaques os temas "Os jovens como actores na promoção da cultura de paz e transformações sociais do continente", "Os desafios e oportunidades da integração do continente africano e perspectivas de crescimento económico", "O processo de transformação dos sistemas educativos: práticas inovadoras de financiamento no contexto africano", "Tecnologia e educação como ferramentas para alcançar a igualdade de género", e "Alterações climáticas: desafios éticos, impactos, adaptação e vulnerabilidade".

A Bienal de Luanda é o resultado de uma decisão da 24ª Sessão da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) em 2015.

Source: https://governo.gov.ao/